Pessoas com sobrepeso e obesos menos graves são os que possuem menos opções de tratamento.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgou a Resolução nº 2.131/15 que amplia o acesso à indicação da cirurgia bariátrica no Brasil para pacientes com IMC entre 35kg/m² e 40kg/m² e exige um pediatra na equipe multiprofissional para cirurgia em jovens entre 16 e 18 anos. Apesar dessas mudanças, as opções de tratamento da obesidade ainda são poucas para combater essa epidemia.
O governo oferece tratamento apenas quando a pessoas já atingiu a obesidade. Isto ocorre quando o caso já é grave e necessita de cirurgia. As pessoas com sobrepeso que precisariam do auxílio de medicamentos não recebem ajuda do SUS (Sistema Único de Saúde).
Obesos menos graves e pessoas com sobrepeso
Segundo dados de 2014 do Ministério da Saúde o excesso de peso já atinge 52,5% dos adultos brasileiros. “Tratamos só a ponta do iceberg, os casos que precisam de cirurgia. O SUS disponibiliza apenas essa alternativa. Não temos opções de tratamento para obesos menos graves e pessoas com sobrepeso, que são a maioria dos brasileiros. Esses pacientes que não conseguem um tratamento clínico geralmente são os que evoluem para os casos graves”, diz a Dra. Cintia Cercato, representando o Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O governo precisa atentar-se a parte da população que está com sobrepeso, pois esse número só vem aumentando. Oferecer o tratamento clínico, com medicamentos, ajudaria a alcançar um número muito maior de pessoas nessas condições.
Obesidade
Se antigamente a obesidade era relacionada apenas a gula e falta de vontade, hoje sabe-se que a obesidade é uma doença. Ela está interligada com vários fatores. “Nos últimos anos, conseguimos compreender uma série de mecanismos da obesidade. Não é um único fator que explica o ganho de peso. Sabemos que o obeso tem alterações nas vias que regulam o apetite. Por essa razão, alguns tratamentos são baseados em aumento da sensação de saciedade e redução da fome. Outra descoberta é que obesos possuem menos hormônios que reduzem a fome. A reposição desses hormônios é uma importante perspectiva terapêutica. Por isso, um único tratamento não é o aconselhável”, comenta Cintia.
Tratamento da Obesidade
Portanto, o tratamento da obesidade requer mudanças de hábitos de vida, dieta balanceada e prática de exercícios físicos. O uso de medicamentos (quando recomendado pelo médico) e cirurgias bariátricas (em casos mais graves) também auxiliam no emagrecimento. Para quem é obeso perder peso é uma tarefa complexa. Por esse motivo, é recomendado o uso de medicamentos que vão ajudar no controle. Existem 2 tipos de medicamentos que são utilizados: Orlistate e Sibutramina. Mas, somente um médico, preferencialmente um endocrinologista, saberá qual o tratamento adequado para cada pessoa.
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