A vinda do coronavírus ao Brasil antecipou a vacinação da gripe no país. Embora não tenha eficácia contra o vírus Covid-19, a vacina previne os casos de gripe por influenza e reduz aglomerações nos serviços de saúde.
A primeira fase da campanha começou essa semana priorizando a vacinação de idosos, grupo de grande risco para desenvolver síndrome respiratória grave com o vírus influenza, e na atual pandemia, são justamente as pessoas com mais de 60 anos as mais acometidas por quadros graves do novo coronavírus.
Na segunda etapa da campanha será priorizada a vacinação de pessoas com comorbidades, incluindo aí portadores de diabetes, doença cardiovascular, doenças pulmonares e pessoas com obesidade. Desde a epidemia de H1N1 em 2009, a obesidade foi reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento de quadros mais graves.
Dados da Austrália indicam que para cada aumento de 5kg/m² no Índice de massa corporal (IMC) aumenta em 42% a chance de hospitalização relacionada a infecção pelo influenza.
Quanto ao coronavírus, ainda não há evidências de agravamento em obesos,
Essa semana foi publicado um relatório do serviço nacional de saúde do Reino Unido com informações a respeito de 196 pacientes com covid-19 confirmada, que foram admitidos na UTI.
Deste total, 57 eram mulheres e 139 homens. Sete em cada 10 pacientes tinha excesso de peso, sendo que 40% tinha obesidade. Infelizmente esse relatório não trouxe informações sobre diabetes ou hipertensão. Sabemos que pessoas com obesidade tem maior prevalência dessas comorbidades, e talvez o aumento de admissões na UTI tenha ocorrido por conta disso.
No entanto, é possível que exista esse risco uma vez que obesos, de fato, têm uma pior imunidade, independente de serem hipertensos ou diabéticos. Aliado a isso, quanto maior o grau de obesidade pior é a capacidade respiratória, pois a medida que o peso aumenta, existe uma compressão do tórax pela gordura, causando uma restrição para a expansão dos pulmões.
Leia o artigo, na íntegra, no Blog da Cintia Cercato.